7 de nov. de 2010

REFLEXÃO: ELEIÇÕES 2010

Em minhas "zapeadas" pela rede, encontrei este blog e achei interessante a análise realizada por sua autora.  Um excelente exemplo que como se pode "ler" os números de uma estatística. Para ver outras matérias da autora, clique no título.

MG E SÃO PAULO DERAM MAIORIA FOLGADA A DILMA COMO O NORDESTE

O total de votos que José Serra obteve nos estados em que ganhou de Dilma Rousseff - Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Acre, Roraima e Rondônia (quantos estados pobres nessa lista, diga-se) - só superaram a vantagem da petista obtida no Sudeste em míseros 35.097 votos.
Isso também pode ser lido da seguinte forma: para ser presidente da República, à Dilma bastava ter 35.098 votos a mais que Serra nos demais estados do Norte e Nordeste, onde venceu. Não precisava da surra que deu nas urnas por lá.

Dilma venceu na região mais desenvolvida

Petista teve mais votos que Serra na soma do Sudeste e do Sul


Dilma Rousseff venceu na região mais desenvolvida do Brasil e maior colégio eleitoral do País, o Sudeste. Recebeu 1,63 milhão de votos a mais que seu adversário. E daí? Daí que, desde domingo, parte da classe média e dos ricos, influenciados por análise enviesada da imprensa, aproveitou para difundir nas redes sociais, tipo Twitter, que o Nordeste e o Norte "de pobres" elegeram Dilma. É a aquela visão curta, medíocre e individualista, de ódio e preconceito aos mais simples, de sempre.
Dilma ganhou tranqüilamente em Minas e no Rio: ficou com 58,5% em Minas e 60,5% no Rio, o que lhe rendeu 3,5 milhões de votos a mais. Em São Paulo, reduto tradicional de tucanos, onde Serra já foi prefeito e governador e o PSDB vai completar 20 anos no poder com a eleição neste ano de Geraldo Alckmin, o tucano conseguiu 54% dos votos e a petista, 46%, 1,8 milhão de eleitores a mais (o mesmo tanto que as Alterosas deram também a mais para a petista). Para quem exigiu de Aécio Neves a transferência de votos em Minas, Serra deveria ter tratado primeiro de seu quintal e alargar essa vantagem.
No Espírito Santo, a diferença foi mínima para Serra: 50,8% frente a 49,2% de Dilma (apenas 31,4 mil separaram os dois - nem influi na dianteira de Dilma no Sudeste). Nos quatro estados do Sudeste, Dilma recebeu 22.540.695 votos e Serra, 20.910.091.
No Sul, do País, onde Serra ganhou nos três estados, seu maior desempenho foi de 56,6%. Foi o máximo que ele conseguiu de percentual em todo o País, onde teve maioria. Lá, Serra teve 1,23 milhão de voto a mais que Dilma. Insuficiente para superar a vantagem que ela teve no Sudeste. Assim, como a vitória do tucano no Sul não foi lá assim tão larga, se somarmos os votos válidos das duas regiões, Dilma teve 29.807.765 e Serra, 29.403.649. Logo, Dilma venceu nas duas regiões mais desenvolvidas, Sul e Sudeste.
Números não mentem. Mas podem ser interpretados. E a minha conclusão é: onde Serra venceu, Dilma foi bem. Onde Dilma foi muito bem, Serra foi muito mal. Por isso, o tucano não teve chances.

Um comentário:

  1. eu vi um gráfico parecido mas, em vez das eleições era a taxa de analfabetismo!
    rsrsr
    tem uma grande relação né?!
    lucas siciliano 3003

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